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Orar com os Salmos - Vencer o medo

2º Estudo: Vencer o medo – Salmo 23 e Lucas 12, 22-34

“Não tenham medo, pequeno rebanho! O vosso Pai achou por bem dar-vos o seu Reino.” (Lc 12, 32)[1]

“Reparem nos lírios, que não fiam nem tecem. Contudo, digo-vos que nem o rei Salomão, que era riquíssimo, se vestiu como qualquer deles.” (Lc 12, 27)

Faz bem, aquece o coração, ler estas palavras! É como se Lucas as tivesse escrito a pensar em nós, discípulos de Jesus numa sociedade, num mundo que se rege por outros ideais e adora outros deuses. Parece que teve em mente a nossa realidade de pequena igreja protestante minoritária em Portugal, no início do século XXI! Até parece que teve em mente este momento difícil que estamos a viver nesta Primavera do ano de 2020.

 Tocam-nos estas palavras, pois. Para já, porque encaram um facto incontornável: as pessoas têm medo. E preocupações. Até Jesus tremeu de pavor, em Getsémani, para não falar dos seus discípulos, em mais do que um momento (Mc. 14,33; Lc. 8,24). O medo, dizem muitos, faz parte da natureza humana e, sabemo-lo certamente por experiência própria, não se deixa controlar nem se dissipa com meros apelos à coragem.

 Coisa óbvia. Como também é óbvio que, muitas vezes, o medo, o temor, as preocupações acabam por dominar e paralisar uma pessoa ou até toda uma comunidade: já não consegue olhar para além de si própria, já não consegue agir de forma construtiva, já não consegue viver com alegria.

 Até aqui, nada de novo. Só que, insiste Lucas, Jesus olha as pessoas preocupadas, paralisadas, aprisionadas pelo medo, fala com elas, toca-as e… a sua vida transforma-se! Nada fica como antes. Mais tarde testemunharão: o Mestre tirou-me o fardo! Ele libertou-me do medo do passado e do medo do futuro, do medo dos castigos terrestres e dos castigos de Deus! Ele deu-me uma vida nova! Ele deu-me força e fé para avançar e para enfrentar as dificuldades e os desafios da vida.

Os evangelistas – e com eles, Lucas – resumirão: Em Cristo, Deus deu-nos o seu Reino.

 Vencer o medo – não com apelos à coragem, mas sim, apontando para uma realidade superior: Não tenham medo – Eu estou com vocês, aconteça o que acontecer. Este é o fio condutor que atravessa toda a Bíblia, toda esta coleção de testemunhos de fé ao longo dos séculos: não temais, Abraão e Sara! Não tenhas medo, Moisés, nem tu, pequeno David, face à ameaça do terrível gigante! Não desanimes, povo de Israel! Eu te chamei, eu te libertei (da escravidão do Egipto, do exilio na Babilónia…), eu estou contigo, eu carrego-te nos meus braços, eu preciso de ti. Eis a base, fundamental, para vencermos o medo.

 Posto isto, Lucas avança para uma importante distinção: há medos e preocupações que valem a pena – e outras que nem tanto. O convite é claro: vencer as preocupações desnecessárias, essas que nos impedem de viver, e concentrar-nos naquilo que importa realmente. Resta a questão: como distinguir entre umas e outras? Concordamos, por exemplo, com o que diz dos lírios e dos pássaros, ou seja, com a classificação da preocupação com comida e roupa como preocupações bastante secundárias?

 Vencer o medo. Em primeiro lugar, a promessa: o nosso Pai cuida de nós, Deus liberta-nos e chama-nos para o seu Reino. Distinguir, depois, entre medos e medos, preocupações e preocupações. Desta distinção decorre uma outra: se é verdade que dificilmente podemos controlar se sentimos ou não medo, se andamos ou não preocupados (nessa matéria, os apelos pouco ajudam, já o constatámos), as coisas mudam quando se trata de como lidar com medos e preocupações. Pois, de facto, depende de mim e da minha decisão consciente a forma como reajo, quanto espaço vou ceder ao medo na minha vida, que contrapoderes procuro mobilizar.

Vejamos um exemplo: se temos medo de assaltos nas ruas da cidade, podemos optar por toda uma série de respostas: podemos nunca mais sair de casa, podemos decidir sempre fazer-nos acompanhar, poderíamos resolver andar armados. Podemos evitar regiões particularmente perigosas. Ou poderíamos decidir assumir o medo e andar nas ruas da cidade na mesma. Algumas destas respostas são ingénuas, outras claramente exageradas e desproporcionadas, mas não há dúvida: está no meu, está no nosso poder encontrar uma resposta apropriada. Uma resposta que considera o perigo real e, na confiança em Deus e sem se deixar dominar pelo medo, procura uma solução inteligente e adequada. Por outras palavras: uma resposta de fé. 

De novo: somos capazes de escolher respostas adequadas e vencer o medo porque fizemos a experiência da confiança: “Ainda que eu andasse pelo vale da sombra da morte, não temeria mal algum, porque tu estás comigo; a tua vara e o teu cajado me consolam”.

Porque confio, porque creio, posso vencer o medo.

 Ah, assim, confiante, eu gostava de viver! Assim, a avançar para a frente com fé e coragem, eu gostava de ver a nossa igreja, mesmo quando atravessar o mais fundo “vale da sombra da morte”.

Assim, com Deus como meu pastor, eu gostava de viver estes dias em que a cada instante me chegam novos números assustadores de quantos infetados, quantos mortos há, seja em Portugal, seja noutros países.

Assim, com esta imagem do Salmo 23 no meu coração, com Deus como meu pastor, olho para o nosso mundo atual, não fechando os olhos à violência, à guerra, à pobreza, à fome de tantos e tantos, à distribuição tão injusta dos bens, à destruição ecológica do planeta, aos refugiados de guerra que continuam a morrer no Mediterrâneo, ao gritante egoísmo de tanta gente, ao coronavírus. Sinto, muitas vezes, que esse belo planeta, criação e dom de Deus, se transformou, para tantos, num profundo e terrível abismo onde reina a sombra da morte. Face a esta realidade, o que pode significar “crer”, o que implica termos fé e, portanto, “não temermos mal algum”?

Encontrei um exemplo (um entre muitos…), que poderá inspirar a nossa reflexão: Quando a ditadura nazi espalhava a morte na Europa, durante a II Guerra Mundial, uma vila no sul de França, Le Chambon-sur-Lignon, tornou-se num local de abrigo para milhares de refugiados judeus. Pois, ignorando as ameaças das forças ocupantes e o risco para a sua própria vida, os habitantes desta vila esconderam os refugiados em suas casas, em instituições públicas e, se necessário, até na floresta. Durante meses, durante anos, em alguns casos. Trataram de obter documentação falsificada, ajudaram a atravessar a fronteira para a segurança na Suíça. Todos cooperaram de algum modo nesta operação de salvação, mas o núcleo, o motor da resistência, esse encontrou-se na Igreja Reformada da vila, liderada pelo pastor André Trocmé e a sua mulher Magda. “Se não fôssemos nós a salvá-los, quem o faria? Eles são filhos de Deus como nós” – eis a justificação dos que, por não temerem a morte, foram capazes de se preocupar com a vida dos outros, transformando um “pequeno rebanho” de discípulos num precioso instrumento do Reino de Deus.

Questões para reflexão

1.   O medo é uma forte emoção que faz parte da nossa realidade humana. Todos temos alguns medos. O medo pode impedir-nos de fazer coisas perigosas e portanto proteger-nos, mas o medo também pode paralisar-nos e impedir-nos de viver.

Quais são alguns dos principais medos e preocupações do nosso tempo?

E quais são os seus medos pessoais?

Escrevê-los numa folha pode ajudar a tomar consciência daquilo que nos assusta mais nestes dias. 

2.   Olhando para esta lista, tente distinguir medos com razão de ser de medos e preocupações exageradas. Se possível, partilhe a sua reflexão com outros.

3.      Compare as suas conclusões com os exemplos apresentados por Lucas.

4.      Há respostas adequadas ao medo – e outras que são ou ingénuas/ineficientes ou completamente exageradas. Escolha um ou dois exemplos da sua listagem de medos e imagine um leque de diversas formas de lidar com este medo. Entre as várias respostas possíveis, escolha uma que considera adequada e outra que lhe parece inadequada.

5.      “Ainda que eu andasse pelo vale da sombra da morte, não temerei mal algum, porque tu estás comigo” (Salmo 23,5). – Esta experiência do Salmista é também nossa? Se possível, partilhe a sua experiência com um irmão ou uma irmã na fé.

6.      Leia outra vez Salmo 23,5. Que testemunho de vida queremos e podemos dar nós (o grupo reunido para o estudo bíblico, a igreja local, cada um de nós) no meio dos ”vales da sombra da morte” que marcam a vida das pessoas hoje? Procure exemplos concretos.


[1] Citado na Tradução em Português Corrente (A Boa Nova). Recomenda-se que consulte várias traduções (ex.: Almeida, Boa Nova, Nova Bíblia dos Capuchinhos…) 

                                                                                                                                                                                                              Pastora Eva Michel

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